Vou Dividir o relato do sonho Desta Visão em Noite, forma e conhecimento
1 - Visão, o primeiro momento
Nesta Noite Sonhei Que estava em um Meio ALGUMAS Pessoas, dentre ALGUNS lixeiros ELAS
Os lixeiros ignorados ERAM, ERAM Não cumprimentados Pelos demais
2 - Forma, o segundo momento
(Em branco, reconstituirei Este sonho DEPOIS, agora Tenho Que Sair)
3 - Para ver o sonho Desta Noite pesquisei na web com palavras como lixeiro, invisibilidade
Achei ISTO
"Homens invisíveis": retrato de Quem recolhe Nosso lixo
No livro, Fernando Braga da Costa relata uma Experiência de Ser gari e ENTRAR em Contato com o Mundo Através do lixo dos Outros
A cena se repetiu várias vezes. Na área de Serviço do apartamento com, como Mãos Sobre a Máquina de Lavar EO Olhar perdido lá adiante, Uma Vez Mais CADA mãe apreensiva Volta a Fazer uma Pergunta velha Rapaz Que ESTÁ AO lado Seu um. "O Que VOCÊ Quer com isso, Meu Filho? Voce vai se magoar, vai Acabar se machucando. Uma Andorinha Não Faz Verão tão". O Que Que intrigava dona Lêda era o Filho, o estudante Fernando Braga da Costa, estava Mesmo DISPOSTO um LeVar adiante o Que, de início, era Apenas Trabalho hum Mais do curso de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
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A Tarefa dos 70 alunos da disciplina Psicologia Social II era exercer, dia UM POR, e Ao lado dos Trabalhadores reais, Uma profissão definida Como "subalterna e não-qualificada". CADA UM escolheria um "Bem que entendesse. Fernando, Assim como Os demais Estudantes cumpriu, uma Tarefa. Mas limitou Não uma Experiência Aquele dia Único.
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Por Própria Vontade, Passou a exercer uma Profissão escolhida - EA Pelé nd viver como conseqüências dela - uma vez por Semana. Aliás, É O Que Faz Até hoje, AOS 29 anos, nove anos DEPOIS da Primeira Vez. Foi uma atividade, inclusive, Objeto de Seu mestrado e E Concluído Já Seu Alvo de doutorado em andamento. Somente OS relatos dos profissionais "subalternos e Não-qualificados", não anotados Diário de campo do mestrado Ao longo de Oito anos, renderam Mais de 500 páginas. Mesmo Antes da conclusão, uma Famosa Ficou pesquisa, não acadêmico e Meio fóruns DELE.
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Fernando, Que Não Tinha Nem Sequer um Pretensão de hum Artigo escrever, Passou a receber telefonemas de contraditório Várias do País. "Onde Que Eu e compro o livro?", Ouviu, Certa vez, de Uma sergipana interessada Conhecer Melhor em uma pesquisa. A Possibilidade de INTERVIR, ainda de forma Que miúda, parágrafo melhorar uma Realidade, Fernando motivou escrever uma Homens invisíveis: relatos de Uma humilhação social.
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A obra Conta uma história do Relacionamento com delegados exercem Pessoas Que Não Apenas Uma profissão "subalterna e não-qualificada", Mas Uma Profissão desumana e mal-Paga, Que condena Seres Humanos uma Trabalhos degradantes, uma Tarefas Que Não tão ferem o Corpo, Mas Também - e Principalmente - a alma. "O Corpo e surrado, sugado, machucado, infestado: a Única Empresa do Trabalhador vai falindo. Sua saúde em colapso Entra, com complicações de Todas como naturezas e magnitudes. (...) Um dia, um falece saúde, definitiva e precocemente . E a alma - humilhada, comprimida, aviltada, destroçada - Permanece ".
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Este e outros igualmente contundentes Trechos Como Mostram nsa É cruel o dia-a-dia EO Destino de Quem Entra em Contato com o Mundo Através do Contato direto com o lixo material EO desprezado Pelo Mundo, NÓS TODOS por. Como É ingrato Ser gari. Varredor de rua. Lixeiro. Subalterno. Não qualificado. Ocupante do raso Mais de carga, denominado "Ajudante de Serviços Gerais, Gari Não É Sobre Consultado qua Trabalho DEVE Ser Feito antes. Não escolhe FERRAMENTAS SUAS e delas Não PoDE reclamar, Mesmo Que Sejam inadequadas, Perigosas, desgastadas - enfim, Mesmo Que Nem Menos AO pareçam projetadas Para o Corpo Humano.
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O trabalho - sujo, insalubre, braçal, repetitivo, humilhante - É exercido soluço Severa hierarquia e autoritária. Pior: por tudo isso, Quem é gari Deixa de Ser Visto Como Pessoa e Passa um Ser Visto - Quando Visto - Apenas como Função. Geralmente, Episódios Diversos Como PROVAM do livro, gari Passa despercebido. Não É cumprimentado OU notado. Vira Homem Invisível. A leitura do livro questionamentos provocadores Que se repetem uma Página cada. Quantas Vezes Não notei UM varredor na Rua?
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Quantas Vezes Não LHE UM dei bom dia simples? Quantas Vezes Passei Por Ele Como se estivesse passando Ao lado de UM item paisagístico? "Um poste, Árvore uma, Uma placa de Sinalização de Trânsito, Orelhão um, Uma Pessoa em uniforme de gari nd Atmosfera social: Todos parecem valer uma MESMA coisa", constata Fernando em Seu livro.
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Arrogância e humildade
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Diferentes capítulos Mostram uma forma arrogante Como alunos, professores e funcionários da USP costumam (quando notam OS) Tratar OS n. Garis trabalham Que uma universidade da prefeitura - Esses foram, OS Garis da USP, OS Trabalhadores Escolhidos Por Fernando Ainda Durante SUA graduação. "Tem gente Que Passa aqui, É Como se existisse uma gente Não", hum Conta de companheiros SEUS. Vestindo o uniforme de gari, Fernando Quase Nunca Foi reconhecido com cruzar AO professores OU Colegas Estudantes do Instituto de Psicologia.
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DEPOIS DE UM tempo, acostumou-se. Mas, no começo, era uma sensação desconcertante, revela livro Como não: "Como Pessoas Pelas Quais Não passávamos reagiam à Nossa Presença. (...) Nenhuma Saudação corriqueira, Olhar hum, hum Sequer aceno de cabeça. Foi surpreendente. Eu era UM uniforme Que perambulava: estava invisível ". Como OS professores da USP - os Nomes Não São citados -, principalmente os de Psicologia, reagiram à publicação e Histórias Dessas Mesmo AO Sucesso do livro? "Não faço a menor Idéia", responde Fernando, telefone POR, AO em casa Chegar Após a Viagem rotineira de 40 minutos de Carro Entre São Paulo - Onde é professor de Faculdade mantém consultório particular - e Jundiaí - onde e mora com um EA Esposa FILHA de Pouco Menos de UM ano. "Falar das Reações Ouço, Mas nada Muito consistente. Mas universidade e Uma fogueira de vaidades, mais ainda a USP.
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Então imagine o Que pensam professores Tem que 20, 30 anos de Faculdade Sabendo ficam QUANDO UM UM Que Trabalho de 'estudante de merda "Tanta repercussão TeVe ..." No dia seguinte, da casa de SEUS pais no bairro paulistano da Vila Madalena ( Para onde EconomizAR, dorme ALGUMAS Vezes Durante a semana), Fernando Conta Que, à tarde, Havia Recebido UM repórter da Folha de S. Paulo. E Que Já Foi Convidado Falar um parágrafo Fantástico, Jornal Nacional, Jornal da Band, Programa do Clodovil. Mas, da Televisão, assim como aceitou Participar Programa do Jô. Mesmo Por Telefone, É Fácil notar uma serenidade EA humildade de Fernando, o Homem simpático e solícito, Frente a fama repentina. "Poderia me deslumbrar, Mas com o Trabalho OS Garis me educou, me preparou par evitar isso ".
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Por Sinal, OS Nem se deixaram deslumbrar varredores, Apesar das Várias materias de revistas e Jornais aparecem em que. Sobre o livro, UM deles se limitou uma Dizer Que um Fernando "O Nosso Trabalho e isso mesmo Que tá Escrito" E, em seguida, voltou AO Serviço. Isso Não significa, no entanto, Que eles tenham ficado indiferentes. Ao ver Uma reportagem da revista Caros Amigos, em aparece em Que Uma foto comecou Ao lado do Hoje psicólogo Fernando Braga da Costa, Josias, dos Garis um, Não conteve uma emoção e um chorar. "Naquele momento, Senti Que eles se dram de Conta Que, de Alguma forma, estava acontecendo o estudante Que me pediram QUANDO eu era ainda: eu que 'não botasse a boca Mundo" Por eles, Que São Tão impedidos Que Nem em dez Voz Nossa sociedade ", diz o autor.
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Indignação e poesia
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Embora intercaladas Por ALGUNS Técnicos Trechos Mais, Que Dão Sustentação teórica ao Trabalho, como Histórias da UM com São contadas misto de emoção e indignação pulsante, e em ALGUNS momentos o Texto Preciso de Fernando Braga da Costa Chega um Poético ser. "Escrevi Muita poesia era adolescente e QUANDO, não da Faculdade de início, escrevia Uma UO Duas Por dia. Mas que Sentia, Frente ao Conhecimento acadêmico, pareciam minhas paixões Coisas idiotas", lembra.
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Nessa época, Diz, o de Apoio SUA terapeuta Foi fundamental: "Quem VOCÊ SABE Não consegue juntar o rigor científico com a poesia?", Era uma Aposta dela. Foi Bem Próximo Algo disso Que o Fernando fez em Seu livro, lançado Pela Editora Globo não final de 2004. Apesar de ALGUNS Jornalistas Que Escrito Terem uma obra TEM Como Propósito clamar POR "Melhores Condições de trabalho" Garis AOS, Fernando fez Questão de repetir, entrevista na, O Que Defende Várias Vezes em Homens invisíveis: O fim de Profissões Como gari e tantas outras . Seu orientador, José Moura Gonçalves Filho, o Zeca, PENSA da mesma forma. "Se Nossos sentidos e corpos fossem feridos Como o São Entre os Garis, compreenderíamos Mais facilmente uma Necessidade de cancelarmos Trabalhos socialmente degradantes, Para a alma e Para o Corpo humanos".
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Zeca, Que assina o prefácio de Homens invisíveis, afirma Que nenhum livro Trabalhos Como esse "Ser Não devem Reservados A uma classe de Homens rebaixados e degradados, Mas precisariam Ser socialmente generalizados, Dever de Todos hum hum e cada". O Convívio de Uma OS com varredores década transformou a Vida de Fernando. "Parece Que Este Mundo Não me servir MAIS. Vou Se num restaurante um, uma sensação desagradável É QUANDO sou atendido Pelo garçom. Parece Ser. Ele o Antigo escravo um Serviço da Casa Grande, para ele me servir Mas não PoDE compartilhar uma Refeição comigo." O Que Não Que o psicólogo era Esperava SUA obra Causar Também Pudesse transformações não Comportamento leitores de SEUS.
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Atrás meses, ouviu, de hum Jornalista gaúcho Que o Havia entrevistado dias antes, o seguinte relato: "A gente estava Entrando NA sala de aula da pós-graduação e, AO Passar Pela faxineira, dos softwares antigos Meus Colegas Bom dia DEU a ela. Mas eu QUANDO, a cumprimentei, ELA Ficou visivelmente Muito feliz, comigo conversou ... " Que Diz Fernando, emocionado, respondeu AO UM COM Jornalista nenhum Na garganta. "Não sei se era isso o Que eu Queria com meu livro. Dez anos Atrás, eu nada Queria Não, Não tinha nenhuma Pretensão. Mas se o livro Serviu AO Menos para isso, parágrafo Mudanças de ESSA Como atitude, Eu já fico Muito Feliz ".
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Serviço
Homens invisíveis: relatos de Uma humilhação social
Fernando Braga da Costa
Editora Globo
2004 - 254 Páginas R $ 32,00